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4.1. Introdução


            Os edifícios, que incluem os setores residencial e de serviços, são grandes
            consumidores de energia sendo atualmente responsáveis por cerca de 30% do
            consumo de energia final e são uma das fontes mais importantes de emissão
            de CO . Nos edifícios consome-se energia associada ao fornecimento de ser-
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            viços de energia como aquecimento e arrefecimento de espaços, iluminação,
            refrigeração e confeção de alimentos e aquecimento de águas sanitárias, entre
            outros (RNC, 2019).

            No contexto de melhoria das condições de conforto e salubridade dos espaços
            interiores (nomeadamente, da qualidade do ar interior) do seu parque edifica-
            do, Portugal tem direcionado a sua estratégia na reabilitação urbana, de acordo
            com as políticas europeias. As políticas europeias impõem a integração e o re-
            forço de estratégias para a reabilitação a longo prazo, promovendo o combate
            à pobreza energética, a diminuição das necessidades de consumo de energia, o
            aumento da eficiência energética e o recurso a fontes de energia renovável, por
            forma a alcançar a descarbonização do parque edificado até 2050.

            A eficiência energética tem um papel fundamental na redução do consumo de
            combustíveis fósseis e no cumprimento dos níveis máximos de emissões de
            CO , permitindo manter o nível de conforto nos edifícios.
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            Devido à sua importância foi desenvolvida a Estratégia de Longo
            Prazo para a Reabilitação de Edifícios em Portugal (ELPRE) e em
            Espanha (ERESSE), que estabelecem linhas de ação e objetivos
            para redução dos consumos de energia nos edifícios existentes e
            sua reabilitação, para os horizontes das décadas de 2030, 2040
            e 2050 (indicados no capítulo 4).

            Assim, todos os edifícios devem ser construídos e reabilitados
            de forma a pouparem energia e reduzindo as emissões de CO ,
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            seguindo as orientações da legislação nacional e comunitária.

            Construir edifícios eficientes é importante. Mas, mais impor-
            tante é reabilitar os que já existem, melhorando a sua eficiência.

            A melhoria na eficiência energética de um edifício pode ser rea-
            lizada praticamente em qualquer reabilitação, mesmo numa pe-
            quena renovação, bastando para isso que o dono de obra, em-
            preiteiro ou arquiteto tenha em conta esta questão aquando da
            escolha dos materiais, equipamentos e técnicas construtivas.
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